Um milhão de euros inova Universidade Aberta
A Universidade Aberta (UAB) quer atrair outros públicos para o estudo à distância e para isso serão investidos entre 550 mil e 1,1 milhão de euros para executar o Plano Estratégico 2006-2010.
O reitor da UAB, Carlos Reis, apresentou ontem o plano, que consiste num conjunto de 25 ações que congregam quatro prioridades: re-identificação institucional, desenvolvimento e inovação, abertura e cooperação. "O ensino à distância não é apenas ensino de segunda oportunidade, já não é a porta traseira que muitos encontram para o Ensino Superior. Tem especificidade, dignidade e qualidade", frisou. De entre as 25 ações, Carlos Reis destaca o estabelecimento de um modelo pedagógico próprio, a construção de um "campus" virtual, um plano de formação contínua de docentes em e-Learning e a criação de um observatório de qualidade.
Numa altura em que o Ensino Superior está a sofrer uma reestruturação, devido ao Processo de Bolonha, a UAB pode ter vantagem em relação às instituições com aulas presenciais. "Está-se em todo o lugar sem estar em nenhum lugar específico", o que permite, de acordo com Carlos Reis, chegar a públicos mais vastos que no ensino tradicional.
Ao nível da cooperação, a UAB compromete-se a "contribuir para o espaço lusófono do Ensino Superior". Carlos Reis espera atingir este ano os dez mil alunos, dois mil dos quais do estrangeiro, a maior parte de países africanos de língua portuguesa.
O fato de as universidades "clássicas" terem a possibilidade de abrir as portas dos cursos aos maiores de 23 anos não preocupa o reitor da Universidade Aberta. "Só 11 por cento da população entre 25 e 64 anos tem formação superior. O objetivo do País é atingir os 15 por cento em 2010. São milhares de pessoas que queremos motivar para este tipo de formação superior", realçou Carlos Reis. A internacionalização da UAB é outra das apostas até 2010: para o ano recebe o Congresso da Associação Europeia de Universidades de Ensino à Distância (EADTU) e em 2008 será a vez de organizar o congresso da Rede Europeia de e-Learning (EDEN).
Fonte: Correio da Manhã
