EAD pode ter regras internacionais
A proposta de criação de uma instância normativa global para a Educação à Distância (EAD) foi defendida na 22ª Conferência Mundial de Educação Aberta e à Distância, realizada neste mês no RJ, com a participação de especialistas de 79 países. A idéia de criar parâmetros de qualidade nessa modalidade foi apoiada por vários participantes do evento, inclusive Maria Inês Bastos, coordenadora no Brasil da área de comunicação e informação da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). "Vamos apoiar esse esforço e o Brasil poderia assumir a liderança na iniciativa", afirmou.
A proposta foi apresentada por John Tiffin, da Universidade Victoria, da Nova Zelândia, na 22ª Conferência Mundial de Educação Aberta e a Distância. Segundo o pesquisador, caberia ao órgão internacional definir o que significa qualidade em Educação e quais os objetivos a serem atingidos com os processos educacionais. "Esse órgão seria também responsável pelo desenvolvimento de políticas claras de avaliação para mensurar se os objetivos educacionais estão sendo alcançados pelos estudantes, seja qual for a forma de aprendizado - presencial ou à distância", acrescentou Tiffin.
Henrik Hansson, da Universidade de Estocolmo, na Suécia, sugeriu a criação de um portal internacional que reunisse todos os cursos à distância disponíveis no mundo. "Hoje, as informações estão dispersas na Internet e é preciso consultar país por país, ou cada instituição, para localizar um curso de interesse", argumentou.
Para o secretário de Educação à Distância do MEC, Ronaldo Mota, que foi o mediador do debate, "a cooperação internacional é fundamental na área de Educação, mas deve preservar os conceitos nacionais de cada país".
Fonte: Correio do Povo - RS