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Computador barato sai do papel, mas enfrenta desafio

Os projetos de computadores de baixo custo, patrocinados por gigantes da tecnologia e institutos de pesquisa, começam a virar realidade no Brasil. Até março de 2007, o governo federal espera receber um milhão de unidades do laptop de US$ 100, idealizado por Nicholas Negroponte, do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Para tanto, planeja reservar um orçamento mínimo de US$ 140 milhões, já que, por enquanto, o equipamento ainda sai por US$ 140. A disposição do governo se sobrepõe ao ceticismo de parte do setor sobre a viabilidade da iniciativa. "O projeto vai dar certo", diz Cezar Alvarez, coordenador do programa UCA (Um Computador por Aluno) e assessor especial da presidência da República.


Além de criar oportunidades de inclusão digital, os micros de baixo custo tornaram-se um atrativo para grandes companhias de tecnologia porque podem dar acesso a uma massa de consumidores de baixo poder aquisitivo, mas muito numerosa. No Brasil, apenas 16% da população tem computador em casa. Isso sem falar da rede pública de ensino, que reúne 55 milhões de alunos e é um dos alvos dessas iniciativas. A aposta da fornecedora de chips AMD é o PIC, um aparelho de acesso à internet que é fabricado no país pela FIC.


Já a Intel, líder mundial em microprocessadores, abriu um centro de pesquisa para desenvolver a segunda geração do Classmate, um computador portátil para uso educacional. Maior empresa de software do mundo, a Microsoft testa um micro acionado por cartões pré-pagos. Apesar do entusiasmo, os projetos ainda têm muitos desafios a superar. As telas de cristal líquido usadas em alguns equipamentos ainda são caras e há dúvidas sobre quem vai assumir o custo de manutenção. A maior preocupação, no entanto, é a falta de crédito ao consumidor.


Fonte: Brasil News
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