ABED ABED

Novas tecnologias na educação

A flexibilidade de horários propiciada pelos formatos do sistema de Educação a Distância (EAD) é um dos principais atrativos para os estudantes que resolvem aderir ao ritmo da modernidade. Anterior à evolução tecnológica, o EAD já contemplou outras formas de interação, como tevê e cursos por correspondência. Atualmente, o acesso à internet tem estimulado a expansão da interação em tempo real entre os envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem.

 


Prova disso está nos dados do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (Abraead), divulgados este semestre, que apontam um crescimento de 62%, no ano passado, no número de alunos que aderiram ao ensino a distância. Segundo as estatísticas, o número chegou a 1,2 milhão de estudantes em 2005. Um marco na história da educação brasileira, o ano de 2006 será o primeiro em que as instituições de ensino superior poderão oferecer cursos de graduação a distância com o aval do Ministério da Educação. O governo federal, através do Decreto n° 5.622, de 19 de dezembro de 2005, regulamentou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que estabelece as bases legais para a modalidade de educação a distância. Universidades de renome, como a Federal de Santa Catarina, a de Brasília e a PUC Minas, já oferecem cursos a estudantes de qualquer parte do Brasil.


A coordenadora pedagógica do ensino a distância da Universidade Fumec, Emília Aleje, afirma que a aplicação de novas tecnologias na educação valorizaram o conceito de ensino a distância, institucionalizado no país na década de 70, com a criação dos Centros de Ensino Supletivo (CES). "Os novos recursos transformaram o conceito de ensino a distância. O processo de aprendizagem é enriquecido pelo leque de conteúdos e formas de acesso à informação, preservando a metodologia fundamental ao campo da educação, que inclui discussão em grupo, atendimento personalizado e acesso ao professor."


Ela observa que, em alguns contextos, estudar a distância pode ser mais produtivo do que nos tradicionais ambientes presenciais. "Em algumas áreas de conhecimento os alunos podem conseguir melhores resultados estudando a distância", opina. "O curso de enfermagem, por exemplo, tem disciplinas extremamente teóricas, que impõem praticamente um monólogo do professor para explanação da matéria. Quando o aluno acessa o mesmo conteúdo via computador, através de áudio, texto, filme, ilustração e mídias interativas, pode assimilar as informações com mais facilidade, já que o processo não é interrompido pelo barulho de uma sala. Caso ele não entenda, pode repetir o processo quantas vezes quiser, no mesmo momento ou posteriormente", comenta Emília. Aluna do curso de especialização em psicopedagogia da Universidade Fumec, Daniela Campos, de 25 anos, encarou o método com moderação. "Queria fazer o curso, mas nem sabia que era a distância. Fiquei me perguntando se seria bom e se conseguiria absorver o conteúdo. Acabei concluindo que é ainda mais apertado do que o presencial", ressalta.


Outra vantagem apontada pelos envolvidos com o método de ensino está na possibilidade de o aluno escolher a instituição que melhor atende seus interesses, independentemente dos limites geográficos. Morando em São Paulo, a advogada Dilziane Endo Cunha, de 24, escolheu o curso de especialização em direito do trabalho da PUC Minas Virtual para complementar o currículo. "Escolhi a universidade por indicação de amigos. Como a instituição é muito respeitada e não teria tempo de fazer aulas presenciais, optei pelo curso a distância que a instituição oferece."
 


Fonte: Estado de Minas
Voltar

Associados mantenedores

WhatsApp