Apresentação
"O CONTÍNUO DESAFIO DE AUMENTAR A QUALIDADE NA EAD"
Ninguém pode ignorar o crescimento qualitativo e quantitativo conquistado pela EAD no Brasil nos últimos anos. Os resultados excelentes do desempenho no ENADE por quem estudou a distância, a significativa preferência de novos estudantes universitários pela EAD acima do presencial, e a expansão de investimentos na EAD por parte de muitos setores interessados na aprendizagem formal e não-formal são indicativos de que nossa comunidade está atuando positivamente e proativamente.
Mas isso não basta. Chegou o ponto no qual precisamos calibrar, de forma mais apurada possível, a qualidade de nossos trabalhos ministrando programas de EAD. Nenhuma instituição pode "descansar em cima de suas conquistas". Nesses tempos dinâmicos, a única coisa permanente é a mudança—em nosso caso, os interesses, os hábitos e a prontidão acadêmica dos aprendizes mudam; a natureza e disponibilidade de materiais para a aprendizagem e da tecnologia também se alteram.
Por isso, é um desafio, reconhecendo essas novidades, manter o pensamento vigilante sobre a eficácia de nosso trabalho. A qualidade em educação é identificável pela comprovação de que os estudantes efetivamente aprenderam aquilo que o curso se propôs a ensinar. Como comprovar isso? Existem variadas técnicas, antigas e novas, e temos a obrigação de sempre criar maneiras cada vez mais seguras e inteligentes para tal.
A literatura sobre métodos de avaliação questiona a confiabilidade de resultados de provas para asseverar o sucesso da aprendizagem. Provas objetivas sobre conteúdo podem estar testando mais a memorização do que a compreensão e possível aplicação do conteúdo. Podem encorajar o esforço da última hora para compreender a informação, não respeitando as diferenças do ciclo circadiano que favorece o estudo em horários compatíveis com o rendimento biológico de cada indivíduo: há os que produzem melhor nas horas matinais, vespertinas ou noturnas.
Então, quais seriam os métodos mais efetivos, sejam autóctones ou não para este fim, capazes de incentivar reformas ou inovações em nosso trabalho que garantiriam cada vez mais qualidade para nossos esforços? Estamos abertos às produtivas colaborações para o CIAED 2016: relatórios, análises e discussões em torno desse desafio sempre cobrado de nós, tanto por nos mesmos quanto pela sociedade.
Fredric M. Litto
Presidente da ABED
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