Apresentação

Educação a Distância no Brasil: “Derivativa ou Inovativa?”
           
Em alguns países existe uma cultura que enfatiza o “sucesso”, acima de outros valores, dividindo os cidadãos em dois grandes grupos: “ganhadores” (os bem-sucedidos) e “perdedores” (os sem sucesso). Sem entrar na questão das consequências psicológicas e sociais a longo prazo de uma política tão drástica e injusta, é possível reconhecer que, num mundo dinâmico e imprevisível, “ganhar” e “perder” são situações temporárias, não permanentes, tanto para indivíduos quanto para entidades. Quando, falando sobre a aprendizagem a distância,  perguntamos sobre o grau de “derivação” (i.e., a dependência de processos e conteúdos essencialmente do passado) e “inovação” (i.e., a constante procura e uso de novos processos e conteúdos), vemos que todas as instituições que militam na EAD no Brasil têm características “derivativas” e “inovativas”, em dosagens e intensidades que variam.
           
O uso do legado de práticas pedagógicas do passado pode ser justificado apenas enquanto elas trazem bons resultados implícitos e feedback explícito dos estudantes e educadores envolvidos. Mas espera-se que toda instituição com programas EAD esteja experimentando novas práticas, de forma a enriquecer a experiência de aprender e aumentar a compreensão do estudante.
           
A ABED tem como uma de suas “missões” servir com uma ágora, como commons, para o intercâmbio de ideias e práticas no mundo da EAD. Este seminário será dedicado, em parte, a mesas-redondas, com representantes de diferentes organizações da comunidade EAD, analisando a “dosagem” de material e processos do legado do passado em relação à procura e implantação de novas práticas que se comprovem ser úteis e promissoras.
           
Se a sua organização tem experiência recente e notável para comunicar à comunidade de profissionais da EAD do Brasil, entre em contato com a Secretaria Executiva da ABED, uma sociedade científica que encara todos como iguais e merecedores de atenção.