Luiz Cláudio Medeiros Biagiotti
DIRETORIA DE ENSINO DA MARINHA
Praça Barão de Ladário s/n – Centro –Rio de
Janeiro- RJ
profbiagiotti@yahoo.com.br
Gestão de Sistemas de Educação a Distância
Educação Corporativa
Resumo
Este trabalho apresenta o processo de implementação
do Ensino à Distância via web, na Marinha do Brasil e a sua rápida
evolução. Tal processo, embora tenha sido realizado a baixíssimo
custo, apresenta um excelente padrão de qualidade, em face de atenção
que tem sido despendida ao assunto dentro da instituição, e da
sua importância no contexto sócio-educacional da atualidade.
Para obter os resultados desejados, foi necessário efetuar um trabalho
de conscientização do pessoal envolvido valorizar e preparar os
docentes para essa modalidade de ensino, e tirar partido da avaliação
do curso.
Palavras-Chave:
Avaliação, Custo e Qualidade.
1 – INTRODUÇÃO
Tendo em vista a quantidade maciça de informações que chegam até nós nos dias atuais, proporcionadas pelo desenvolvimento tecnológico, nos vemos obrigados a saber tratá-las e transformá-las em conhecimento. Mas devido à velocidade com que ocorrem estas transformações, esse conhecimento se torna obsoleto rapidamente. A atualização do conhecimento também é muito importante para aumentar as possibilidades, se manter no “estado da arte” e competitivo no mercado de trabalho.
Com relação às novas tecnologias, é indiscutível a rapidez com que estas possibilitam o acesso às fontes de informação. Porém é necessário que tal acesso seja democratizado, e realizado com qualidade, pois somente dessa maneira, conseguimos fazer com que as pessoas tenham a oportunidade de realizar a educação continuada, cada vez mais necessária nos nossos dias.
Dessa forma, o conhecimento não é mais obtido apenas nas escolas. O ambiente tradicional de ensino está cada vez mais se transformando em ambiente virtual, possibilitando novas formas de ensinar e aprender.
A Marinha do Brasil atenta a este contexto vislumbrou que a educação à distância via web seria a solução do atendimento de suas demandas educacionais, e partiu para a implementação de tal modalidade, e como tudo que é realizado por esta Força Armada, foi precedido de um estudo e de um planejamento, de modo que o produto final, possuísse a qualidade almejada.
Foi então verificado, que seriam inúmeros os caminhos a serem trilhados. A primeira barreira a ser transposta, era a mentalidade das pessoas envolvidas, uma vez que estas eram muito resistentes às mudanças dos paradigmas que estavam sendo propostas. A segunda barreira foi a capacitação de docentes para atuar nessa modalidade.
Essas barreiras foram vencidas com muito esforço, e novos caminhos continuam sendo abertos, de modo a possibilitar e democratizar cada vez mais o acesso ao conhecimento com qualidade.
Sendo a Marinha, uma instituição que envolve atividades de seleção, formação, especialização, aperfeiçoamento e pós-aperfeiçoamentos de seu pessoal, e vivenciando um momento de dificuldades orçamentárias - assim como as demais instituições públicas - viu-se a necessidade de buscar novas alternativas que possibilitassem manter a continuidade dessas atividades em seu sistema de ensino. Dessa forma foi implantado o Ensino à Distância via Web no Sistema de Ensino Naval.
2 – DESENVOLVIMENTO
A Marinha do Brasil há muito tempo pratica a modalidade de Ensino à Distância, tendo sido inclusive, uma das instituições brasileiras pioneiras na área da Educação Corporativa. O primeiro curso à distância foi oferecido na modalidade de Ensino por Correspondência pela Escola de Guerra Naval em 22/12/1939, dois meses após o Instituto Monitor – marco da Educação à Distância no Brasil - ter oferecido seu primeiro curso nesta modalidade. Esse curso destinava-se a oficiais de Marinha que necessitavam adquirir alguns conhecimentos para galgar mais alguns postos em suas carreiras. (Saliba, 1991, p.68).
Essa modalidade foi tão bem aceita, que até a presente data são realizados cursos por correspondência. Porém, com o avanço das telecomunicações, novas tecnologias foram surgindo, e muitas delas vieram a simplificar e ou possibilitar novas formas de ensino à distância, para um grande número de pessoas nos mais variados locais físicos, com grande velocidade e simplicidade.
A Marinha, atenta aos acontecimentos, e como uma instituição com bom padrão de tecnologia, por meio de seus Centros de Instrução, em 1999, percebe a necessidade de iniciar estudos para a implementação de alguns de seus cursos via web, visto que o momento político-financeiro daquela época, havia reduzido acentuadamente o orçamento das Forças Armadas, cessando os deslocamentos dos militares para cursos nesses Centros de Instrução no Rio de Janeiro, contudo, permanecendo a necessidade da obtenção dos conhecimentos. Na realização desses estudos foi levado em consideração o fato de que as diversas Organizações Militares da Marinha são interligadas em rede, formando uma intranet – rede web interna da Marinha - o que seria uma grande vantagem em termos financeiros para a implantação dos cursos, uma vez que a infra-estrutura já era existente.
Esses estudos evoluíram e foram postos em prática. Foi realizado um curso piloto para verificar a aceitação e para adquirir experiência no assunto, uma vez que a Empresa contratada para implementar tal curso, efetuaria também adestramento sobre a tecnologia envolvida, de modo que nos cursos seguintes, não houvesse mais a necessidade de contratar terceiros.
Em 26/06/2001, foi constituído um Grupo de Trabalho pelo Diretor de Ensino da Marinha, para estudar a natureza e a filosofia do Ensino à Distância na Marinha, identificar quais os cursos do Sistema de Ensino Naval (SEN) poderiam ser abrangidos por esta modalidade, desenvolver a formação de recursos humanos necessários com a qualificação especial na área do EAD, verificar a necessidade de recursos humanos e materiais necessários, para a implementação dos Núcleos de Ensino à Distância nos estabelecimentos de ensino do SEN, e estudar a tecnologia da informação de apoio ao EAD. (Brasil, 2002)
Devido às restrições orçamentárias, o balizamento do estudo realizado, foi à implementação de cursos à distância via web, com baixo custo e alta qualidade. Mesmo que isto pareça paradoxal, foi conseguido com muito esforço, graças ao empenho dos componentes do Grupo de Trabalho.
3 - ENFOQUE NO BAIXO CUSTO
A primeira experiência com um curso à distância via web, foi por ocasião da montagem de um curso piloto, ocasião em que o assessoramento prestado por uma empresa, abrangia a confecção do curso, e o adestramento de uma equipe multidisciplinar (administradores, pedagogos, professores e informáticos), para conduzir o curso montado, bem como para montar os próximos cursos.
Foram necessários recursos para serem destinados ao custeio de tal assessoramento, para a obtenção de uma plataforma (software de Educação à Distância) que pudesse abranger o conteúdo do curso e também para a preparação de um computador com alguns requisitos para ser o servidor da rede. Esses recursos montaram uma quantia relativamente alta se levássemos em consideração a situação difícil por que passava as Forças Armadas, porém, ainda baixa em relação ao preço de mercado.
A experiência foi bem sucedida, e não restava dúvida que esta modalidade seria o futuro da educação na Marinha, visto que atendia à demanda com eficiência e eficácia. Mas, os valores envolvidos ainda estavam além das possibilidades. Então, o Grupo de Trabalho, efetuou uma pesquisa de mercado, e baseado na oferta de softwares livres e gratuitos, passou a analisar algumas plataformas existentes no mercado. Em um primeiro momento foi realizado um convênio entre a Diretoria de Ensino da Marinha e o Ministério da Educação no sentido da utilização do AVA E-Proinfo, daquele Ministério e da realização de treinamento de capacitação para nove pessoas da Marinha. Os custos envolvidos foram tão somente os relativos ao deslocamento Rio de Janeiro/Brasília/Rio de Janeiro, e a hospedagem dos envolvidos.
Este ambiente virtual atendia às necessidades da Marinha, porém, a sua instalação física, residia no servidor do MEC, o que de certa maneira dificultava a agilidade no suporte solicitado.
Com a mudança de Governo, no início do ano de 2003, houve mudança na equipe daquele Ministério e, com isso, alguns representantes do MEC que mantinham contatos profissionais com o pessoal da DEnsM, deixaram de trabalhar naquele local. Além disso, a equipe que ora assumia, iria efetuar um recadastramento dos utilizadores, a fim de refazer os convênios. Como a Marinha, já possuía uma programação para a realização de novos cursos, não poderia ficar aguardando a ocorrência de tal procedimento. Assim sendo, a equipe do Departamento de Ensino à Distância da Diretoria de Ensino da Marinha (DE@D) que já vinha realizando algumas pesquisas de outras plataformas livres, optou pela utilização do TelEduc da Universidade de Campinas, que além de ser um software gratuito, apresentava a vantagem de poder ser instalado em nosso servidor, o que facilita sobremaneira o suporte aos usuários.
Na migração de um ambiente para outro, praticamente não houve nenhum gasto, restringindo-se este a preparação de um computador para atuar como o servidor da rede.
Por ser o TelEduc um ambiente bastante acessível, não houve a necessidade de realizar nenhuma despesa com a capacitação do pessoal para utilizar a plataforma. A equipe do DE@D rapidamente aprendeu a utilizá-lo e providenciou a capacitação de futuros usuários.
Ainda em relação aos baixos custos de implantação, em maio de 2003, foi criado um curso denominado Curso Expedito de Capacitação de Autores e Tutores de EAD (C-Exp-CATEAD), cujo objetivo seria suplementar a habilitação técnica profissional de Oficiais, Praças e Civis assemelhados, quanto aos domínios das técnicas específicas para exercer a função de autores e tutores de EAD, bem como, a aprendizagem para a elaboração de material didático a ser utilizada em cursos à distância via web. Os instrutores deste curso são os membros da equipe do DE@D, não gerando nenhuma despesa para a sua realização.
4 - A BUSCA DA QUALIDADE
Muito se fala em ensino de qualidade, porém, para muitos estudiosos da
educação, o que existe, são alguns cursos, instituições
de ensino e outras atuando em algumas áreas com relativa excelência.
Para Moran (2003, p.14), o ensino de qualidade envolve muitas variáveis,
dentre elas, uma organização inovadora, aberta, dinâmica,
com um bom projeto pedagógico; uma infra-estrutura adequada, atualizada
e confortável com tecnologias da informação e comunicação
atuais; congregar docentes bem preparados, intelectual e emocionalmente, estimulados
e bem remunerados; bom relacionamento entre docentes e alunos e alunos motivados,
também bem preparados intelectual e emocionalmente, com capacidade de
gerenciamento pessoal e grupal. Embora a obtenção do ensino de
qualidade seja cara, a Marinha do Brasil, não obstante a situação
financeira atual, possui um quadro, onde não há a necessidade
de partir do estágio inicial, pois muito do que foi citado, já
é existente, bastando efetuar um bom trabalho para aprimorar este quadro.
A busca da qualidade dos cursos ofertados é uma preocupação constante da Marinha. Ela ocorre em diversas fases, tais como a concepção, confecção, oferta e avaliação. Na busca desta qualidade, diversas foram as metas a serem alcançadas, dentre eles a conscientização do pessoal da instituição, a formação de docentes com a aquisição de novas competências e a credibilidade dos alunos em realizar curso sob esta modalidade.
O trabalho de conscientização, foi realizado por meio da divulgação de matérias sobre educação à distância, em veículos de comunicação de âmbito interno da Marinha, pela realização de palestras ministradas por pessoas de renome na área da educação a Distância, pelo estímulo na participação de Congressos, Seminários, etc, que não obrigassem a realização de despesas de vulto, pela ampla divulgação do trabalho que estava sendo feito pela DensM, Centros de Instrução e pela implementação de lista de discussão sobre o assunto, buscando a criação de uma comunidade virtual.
Em relação à formação de docentes para atuar nessa modalidade, conforme citado no item anterior, foi instituído um curso com esse propósito. O passo inicial foi a capacitação do pessoal do DE@D, de modo que se incumbissem da reprodução de tais saberes. Com relação aos gastos envolvidos nessa capacitação inicial, foram os mínimos possíveis, uma vez que o pessoal designado para compor o DE@D, já trazia consigo algum conhecimento prévio, o que os tornava capacitado para exercer as tarefas previstas.
A equipe do DE@D é composta por profissionais com formação diversificada, tais como pedagogia, tecnologia da informação e comunicação, administração e web-designer. Cada qual em sua área de saber, se incumbiu de retransmitir os conhecimentos necessários para a formação de novos profissionais para atuar em educação à distância. Desta feita, foi oferecido o primeiro curso para capacitar 30 professores e tutores dos próximos cursos que seriam oferecidos. Nesse primeiro curso, a equipe do DE@D sentiu a necessidade de contratar um profissional externo à Marinha, para ministrar a disciplina Produção de Materiais, visto que os seus conhecimentos sobre o assunto eram teóricos, uma vez que ainda não tivera a oportunidade de colocar tal conhecimento em prática. Daí em diante, a própria equipe, passou a ministrar também tal disciplina, de modo que não houvesse necessidade da realização de mais nenhuma despesa na oferta de tais cursos.
A preocupação com a formação por meio deste curso é um grande passo na direção da garantia da qualidade dos cursos ofertados, uma vez que neste processo diversas são as disciplinas ofertadas, como por exemplo: histórico do EAD e sua evolução, legislação do EAD, propriedade intelectual, fundamentos teóricos pedagógicos para EAD, aspectos tecnológicos em EAD, noções de andragogia, planejamento do EAD, avaliação de aprendizagem, produção de material (texto e imagens) e ambiente virtual de aprendizagem.
Uma vez que se busca a qualidade por meio da aquisição de novas competências dos docentes, é importante deixar claro que o nosso conceito de competência, é a capacidade pessoal de compreender uma determinada situação, articular os saberes, efetuando as transformações adequadas de modo que seja reconhecido pela capacidade de obter um resultado confiável e com qualidade.
O docente deverá possuir competências julgadas indispensáveis, seja no planejamento, na facilitação ou na avaliação da aprendizagem.
No planejamento da aprendizagem, listamos as seguintes: manter-se atualizado (no ”estado da arte”); estabelecer objetivos; definir competências a serem desenvolvidas e definir estratégias de avaliação.
Na facilitação da aprendizagem, é importante a observação das ações dos participantes para viabilizar a melhor aprendizagem; o estímulo ao trabalho e as iniciativas; condução do processo e estímulo a auto-aprendizagem; correlação com situações-problemas do cotidiano; discussão das soluções apresentadas pelos participantes; promover a interação entre os participantes; estímulo ao pensamento crítico, argumentação e tomada de decisão em grupo.
Na avaliação da aprendizagem as competências são as seguintes: estabelecimento de critérios em conjunto com os participantes; observação da ação dos participantes; avaliação diagnóstica; comparação dos resultados com as competências definidas; análise dos resultados e criação de condições para a auto-avaliação.
Na fase da concepção de um curso, a qualidade é uma preocupação que deve nortear o seu planejamento, a começar pela análise do público alvo e pela escolha da equipe multidisciplinar.
Com relação ao público alvo, existe a preocupação em realizar um nivelamento prévio de modo que ao iniciar o curso, todos estejam em condições de igualdade para acompanhá-lo. Para tal, a DEnsM está preparando um CD para fornecer aos alunos inscritos nos cursos, contendo noções básicas sobre o sistema operacional, fundamentos sobre ensino à distância, utilização das principais ferramentas e um tutorial do TelEduc. Com isso o rendimento dos alunos é bem melhor desde o início do curso, uma vez que as dúvidas básicas que surgiam nos primeiros dias, e que dificultavam o bom andamento, desapareceram. Esse CD foi planejado de modo que os usuários que já possuam algum conhecimento possam passar para o assunto seguinte sem a obrigatoriedade de seguir linearmente.
Na preocupação com o aluno, leva-se em consideração que ele é o elemento básico e central de todo o processo educativo, e não um mero receptor passivo de mensagens educativas, pois estudar à distância significa que na maior parte do processo ele percorre de forma autônoma e independente, desenvolvendo o seu autodidatismo.
Com relação à equipe, é importante que tenhamos os profissionais competentes em suas áreas de atuação, como o administrador do curso, professor conteudista, orientador pedagógico, especialista em informática e web designer. É importante verificar suas formações, suas capacidades e suas atitudes comportamentais, e se estão preparados para planejar e trabalhar com método, capitalizar competências e ensinar na era da informação.
É de igual importância, a análise dos parâmetros da realidade, ou seja, elaborar os cursos dentro das disponibilidades tecnológicas e dos recursos disponíveis.
Na fase de confecção, a preocupação com a qualidade se dá no momento da preparação do material didático. Eles necessitam ser auto-explicativos de modo a permitir a auto-aprendizagem, motivadores que convidam ao estudo e variados para se adaptar aos diferentes estilos de aprendizagem.
Os fatores críticos são observados na preparação do material didático de modo que o mesmo seja uma ferramenta básica para o estudante, facilitador e estimulador do processo de aprendizagem, interativo e muito prático, fácil de consultar e que permita a construção de novos conhecimentos.
Ainda sobre o material didático, damos muita importância à
sua estrutura. A introdução tem de ser clara e sintética
sobre o conteúdo abordado, fazemos constar os objetivos de aprendizagem,
incluindo a utilidade prática do conhecimento gerado, a verificação
sobre conteúdos corretos, isentos de erros gramaticais e bem estruturados,
e um roteiro de aprendizagem como uma ferramenta dinâmica.
A fase de confecção do material subdivide-se em subfases tais
como a análise e a definição do conteúdo, o desenho
e a concretização do material, o desenvolvimento propriamente
dito, a confecção de um protótipo, a execução
de teste visando correções e melhorias, e, tão somente,
a implementação e acompanhamento do resultado final.
Na fase de oferta, uma preocupação constante é a verificação de acesso e acompanhamento do curso durante o seu desenrolar a fim de evitar qualquer problema que possa vir a afastar algum aluno, ou a comprometer o bom acompanhamento do curso.
Na fase de avaliação, a preocupação com a qualidade é ainda maior, seja esta a qualidade do curso ofertado pelo Centro, ou a qualidade do curso realizado pelo aluno. Para tal, desde a fase de planejamento é pensado em como se darão as avaliações. Em função das características dos cursos tem-se pensado na realização de uma avaliação continuada, podendo ser individual, em grupo ou mista, optou-se pelo trabalho com projetos que vão sendo desenvolvidos ao desenrolar do curso permitindo o acompanhamento permanente e a correção dos rumos, caso haja desvios, ao invés de avaliação em um momento único, normalmente ao final do curso.
Ao final de cada curso são realizados questionários pedagógicos, com a finalidade de obter subsídios para avaliação do curso ofertado, quanto aos aspectos do processo ensino-aprendizagem, na preparação e oferecimento do curso, na administração e suporte.
5 - CONCLUSÃO
A Marinha do Brasil verificou ser possível implementar cursos à distância via web com alta qualidade e baixo custo. Os mesmos se pagam apenas com a economia realizada com o não deslocamento dos seus servidores para cursos presenciais nos Centros de Instrução.
Todavia, ficou constatado que somente a partir da capacitação dos seres humanos envolvidos nesse processo, é que conseguimos a qualidade. E essa capacitação, assim como a qualidade, uma vez conseguida, é preciso ser mantida. Para tal é necessário efetuar verificações por meio de avaliações contínuas. Portanto, posso concluir expressando que a avaliação é o compromisso com a qualidade.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Marinha do Brasil. Diretoria de Ensino da Marinha. Portaria nº 233 de 26/12/2002. Aprova as Normas para condução dos cursos à distância do Sistema de Ensino Naval. Rio de Janeiro, 2002.
MORAN, J.M.; MASSETO, M.T.; BEHRENS, M.A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 6.ed. Campinas, SP: Papirus, 2003.
SALIBA, G.M. O Ensino à Distância na Marinha: um estudo avaliativo. 1991. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.