ASPECTOS
METODOLÓGICOS
DA AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA DE
AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM
Prof.
Samuel Brasileiro Filho
CEFET-CE
samuel@cefetce.br
Prof.
Elian Machado, PhD.
Univwersidade Federal do Ceará
elian@ufc.br
O desenvolvimento de metodologias para avaliação e seleção de um ambiente virtual de aprendizagem para aplicação em domínio educacional específico tem grande importância nos dias atuais. Esta tarefa, aparentemente simples, apresenta grande complexidade, pois existem no mercado centenas de opções de ambientes virtuais de aprendizagem, desde ambientes gratuitos até de ambientes proprietários de elevadíssimo custo. Nossa intenção neste breve estudo é destinada a apresentar uma visão geral das metodologias empregadas para avaliação dos ambientes virtuais de aprendizagem, de maneira a estabelecer as bases conceituais necessárias para a concepção de metodologias para avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA).
(palavras chaves: Avaliação, Ambientes Virtuais Aprendizagem)
A
integração da Internet aos sistemas educacionais, presenciais ou à distância,
facilita a concepção de formas mais eficientes e flexíveis de promoção da
aprendizagem. BRANSFORD(1) cita que as tecnologias educacionais, como a
Internet, não apenas têm mudado a maneira como as pessoas aprendem, elas também
afetam o que é necessário ser aprendido, acrescentando ainda que, as
tecnologias educacionais, quando corretamente aplicadas no ambiente educacional,
agregam valor ao aprendizado, por meio da promoção dos seguintes aspectos:
·
Possibilidade de
fornecimento de contexto real para a aprendizagem;
·
Possibilidade de
conexão com especialistas externos ao ambiente de aprendizagem;
·
Fornecimento de
ferramentas de visualização e analise;
·
Fornecimento de
facilidades para solução de problemas;
·
Estabelecimento de
oportunidades para feedback, reflexão e revisão.
Neste
cenário de integração das tecnologias de comunicação e informação para o
desenvolvimento de aplicações educacionais, os ambientes virtuais de aprendizagem vêm ganhando importância como
meio de mediação e gerenciamento da educação à distância baseada nas redes
telemáticas, com ênfase na Internet.
A
crescente valorização da educação à distância, e por conseqüência os
ambientes virtuais de aprendizagem, advêm da conjugação de três grandes
fatores. O primeiro destes fatores é o fato de que a educação à distância
é indiscutivelmente um dos mais efetivos meios para a formação de adultos, de
maneira contínua, com crescente demanda. O segundo fator, relacionado com a
valorização da educação à distância, está relacionado ao grande avanço
tecnológico das tecnologias de comunicação e informação, em especial das
redes telemáticas, com crescente popularização do acesso à Internet. O
terceiro fator, diz respeito à transição do modelo de desenvolvimento econômico,
fundamentado no conhecimento, que estabelece novos desafios aos sistemas de
formação, impulsionados pela economia globalizada.
Na
abordagem dos ambientes virtuais de aprendizagem, um desafio central se destaca,
o qual está relacionada com a necessidade de estabelecimento de metodologias
para avaliação e seleção de ambientes virtuais de aprendizagem que sejam
mais adequados ao processo educacional. Esta
tarefa, aparentemente simples, apresenta grande complexidade, pois existem no
mercado centenas de opções de ambientes virtuais de aprendizagem, desde
ambientes gratuitos até de ambientes proprietários de elevadíssimo custo.
O
presente estudo sucinto, tem a intenção de apresentar um contexto geral das
abordagens metodológicas empregadas na avaliação dos ambientes virtuais de
aprendizagem, bem como propor e validar uma metologia específica para a avaliação
pedagógica destes ambientes no contexto da educação profissional.
2.
Abordagens Metodológicas da Avaliação dos Ambientes Virtuais de
Aprendizagem.
OLIVER(3)
apresenta uma conceituação simples e direta para a avaliação, indicando que
está trata-se de um processo no qual pessoas julgamento de valor sobre as
coisas. O citado autor, afirma que a avaliação de tecnologias da aprendizagem
está relacionada com julgamento do valor educacional destas inovações.
Um
ambiente virtual de aprendizagem é uma tecnologia educacional que pode ser
avaliada sob diversos aspectos que irão orientar diferentes julgamentos. Estes
aspectos podem ser relacionados quanto às especificações
técnicas, quanto ao design
instrucional, quanto às características
das ferramentas e facilidades disponibilizadas, quanto às facilidades de uso e acessibilidade, quanto ao potencial
de colaboração, quanto à compatibilidade
com padrões de metados, quantos aos aspectos ergonômicos,
quanto à adequação pedagógica
e quanto custo.
Um
grande desafio neste contexto metodológico para avaliação de ambientes
virtuais de aprendizagem está relacionado com o desenvolvimento de metodologias
de avaliação que avancem na direção de estabelecer julgamentos sobre os paradigmas
pedagógicos e ergonômicos, inerentes aos ambientes avaliados, de maneira a
garantir sua a adequação e efetividade no processo educacional.CASSANDRA
RIBEIRO(4) afirma que as novas tecnologias exigem cuidados de ordem ergonômica
e pedagógica. Ergonômica para que o usuário, aluno ou professor, possa
utilizar a tecnologia com o máximo de segurança, conforto e produtividade
conforme os preceitos da ergonomia e, pedagógico, para que as estratégias didáticas
de apresentação das informações e tarefas exigidas estejam em conformidade
com o objetivo educacional e as características de seu usuário. A comunidade
de pesquisadores da avaliação tem se debatido num intenso e inconclusivo
debate a respeito dos dois paradigmas metodológicos das avaliações relativos
as abordagens quantitativas e
qualitativas.
2.1.
Abordagens Quantitativas na Avaliação dos AVAs
A
avaliação dos ambientes virtuais de aprendizagem, na abordagem quantitativa,
tem se pautado em estabelecer critérios de ponderação quantitativa sobre
aspectos tecnológicos dos ambientes e sobre as suas ferramentas e facilidades
disponibilizadas para promoção da aprendizagem. Grande parte dos esforços
mobilizados para o desenvolvimento de metodologias de avaliação dos ambientes
virtuais de aprendizagem, tem sido direcionado para a criação e validação de
métodos de avaliação comparativos entre os diversos ambientes, por meio do
estabelecimento de pontuação dos aspectos avaliados, com a combinação de
informações que possibilitem orientar a decisão quanto à escolha do melhor
ambiente, com base em um senso racional. Este senso racional está muito
dirigido para os aspectos tecnológicos ou relativos aos custos. Pouco tem sido
feito quanto à avaliação dos aspectos ergonômicos e pedagógicos.
A
base metodológica dos modelos quantitativos para avaliação dos ambientes
virtuais de aprendizagem tem sido pautada pelo desenvolvimento de
“checklists” das funcionalidades e características dos ambientes. Existem
dezenas de metodologias concebidas neste paradigma, as quais oferecem uma boa
forma de comparar aspectos técnicos e de funcionalidades dos ambientes, mas não
se adequam para a avaliação dos aspectos pedagógicos, por não serem flexíveis
e adaptáveis aos diferentes contextos educacionais de utilização do AVA.
Um
exemplo típico destas metodologias quantitativas foi desenvolvida pelo Centre
For Curriculum, Transfer e Technology (disponível no site http://www.c2t2.ca)
o qual apresenta uma ferramenta para avaliação comparativa de ambientes
virtuais .
Uma
exemplificação típica de uma metodologia quantitativa para avaliação de
ambientes virtuais de aprendizagem é indicada na Tabela 1, que segue.
Tabela
1 – Exemplo de um “Framework” para avaliação de VLEs numa abordagem
quantitativa.
Aspecto
Avaliado |
+ |
0 |
- |
Observações |
Acessabilidade |
|
|
|
Uma
plataforma não deve apenas prover acesso aos recursos de aprendizagem mas
deve facilitar este acesso, assim como requisitar informações adicionais |
Divulgação |
|
|
|
|
Capacidades
de buscas |
|
|
|
O
ambiente permite o usuário localizar um recurso ou informação de
aprendizagem específico? |
Confiabilide |
|
|
|
Não
existe erros no sistema, quebras ou links errados? |
Oferta
de Recursos de aprendizagem |
|
|
|
O
ambiente oferece suficientes matérias de aprendizagem para ser útil? |
Localização
de Oferta |
|
|
|
Possibilidade
de localizar diferenciadas oferta (customized/standart) |
Informação
do recurso de aprendizagem |
|
|
|
Tem
conformidade com padronização de metadados? |
Avaliação |
|
|
|
A
plataforma possibilita a participação do estudante na avaliação? |
Fonte:Evaluation
of Learnning Plataform Technologies , Universal Project, Robert Mery et al.
,2000 (Legenga : (+)
Muito Bom; (0) Bom , (-) não avaliável ou não antende)
2.2.
Abordagens Qualitativas da Avaliação de Ambientes Virtuais de
Aprendizagem
As
metodologias qualitativas adotadas na avaliação dos ambientes virtuais de
aprendizagem têm se caracterizado pela aplicação de estruturas avaliativas
orientadas a coletar uma série de informações qualitativas que sirvam de subsídio
ao processo de julgamento do valor educacional do AVA.
Um
interessante trabalho foi desenvolvido por BRITAIN e LIBER (2) que propuseram
uma estrutura genérica para avaliação pedagógica dos ambientes virtuais de
aprendizagem, com base em dois modelos distintos. O primeiro modelo utilizado
foi um modelo educacional baseado no modelo conversacional elaborado por
Laurilard (1993), e o segundo foi um modelo organizacional desenhado a partir do
Modelo de Viabilidade de Sistemas proposto por Stafford Beer (1981).
O
modelo conversacional utilizado por BRITAIN e LIBER (2) para avaliação de
ambientes virtuais de aprendizagem permite a avaliação das interações entre
um único estudante e o professor. Nesta abordagem, grande parte das
funcionalidades do ambiente serão abrangidas, porém ela omite as
funcionalidades relativas à aprendizagem em grupo ou colaborativas.
Este ambiente colaborativo é mais bem avaliado pela abordagem
organizacional do modelo de viabilidade de sistemas.
Com
base nos modelos Conversacional e Organizacional, BRITAIN e LIBER(2) propuseram
duas estruturas(Frameworks) para avaliação pedagógica dos ambientes virtuais
de aprendizagem, as quais estão representadas nas Tabelas 2 e 3 , que seguem.
A
Tabela 2 apresenta uma versão da estrutura proposta por BRITAIN e LIBER (2)
para avaliação as interações entre um estudante e o professor no ambiente
virtual de aprendizagem, com base no modelo Conversacional de Laurilirard.
A
estrutura organizacional para avaliação dos processos colaborativos ou de
aprendizagem em grupo nos ambientes virtuais de aprendizagem, proposta por
BRITAIN e LIBER(2), é apresentada na Tabela 3.
Tabela
2 - Uma Estrutura para avaliação
de VLEs utilizando o modelo conversacional
|
Ferramentas |
Estruturação |
Professor
apresenta Concepções |
Quais
ferramentas estão disponíveis para o professor? Texto, vídeo, áudio,
imagem... |
Pode
o professor facilmente colocar juntos diferentes formatos de multimídia
para apresentação de uma concepção? Pode estas apresentações ser
rapidamente alteradas para uma reapresentação em uma diferente maneira? |
Estudante
apresenta concepção |
O
estudante pode interagir com o professor através do sistema? O estudante
tem capacidade de autoria multimídia? Mesmo que somente por texto, como o
estudante se comunica com o professor? |
Claramente
o diálogo entre o estudante e o professor é o centro do modelo
conversacional e como isto é visualmente estruturado para os dois é
muito importante. Conversações devem estar no centro das atividades no
VLE em vez de ser puxada para um lado. |
O
Professor especifica o micro-mundo |
Ferramentas
de autoria multimídias para
criação de matérias de cursos, programas de simulação lincáveis,
programas de elaboração de testes, etc. |
Em
um VLE a noção de micro-mundo pode ser aplicada em diferentes níveis. O
ponto importante na perspectiva do modelo conversacional é que ele deve
ser versátil o bastante para adaptar-se a um estudante individual com
base no estabelecimento de um diálogo conversacional com este estudante. |
Estudante
interage com o micro-mundo |
Veja
os três anteriores |
Novamente
nós podemos ver esta noção de micro-mundo em vários níveis. Nós
estamos procurando mais no do lado do estudante do que simplesmente ser
capaz de ver o conteúdo. |
Tutor
provê feedback para o estudante |
Pode
o tutor usar as ferramentas de comunicação para fornecer feedback para o
estudante no contexto das atividades de aprendizagem. |
Pode
parecer obvio que isto seria verdadeiro, mas o ponto importante é que o feedback pode ser facilmente relacionado com a ação
– i.e. qualquer linha de discussão deve ser lincada ou envolvida no domínio
das ações. |
Estudante
modifica as ações |
Pode
o estudante retornar às atividades e modificar suas ações baseadas no
feedback recebido do tutor? |
|
BRITAIN
e LIBER(2) propuseram uma estrutura de avaliação complementar dos ambientes
virtuais de aprendizagem, baseada no modelo organizacional, os quais podem ser
examinados sob dois níveis: no nível dos cursos, e no nível institucional.
Com base neste modelo, os citados autores elaboraram um “framework” para
avaliar os aspectos organizacionais dos ambientes de aprendizagem, conforme
indicado na Tabela 3, que segue.
Tabela
3 – Um “framework” para avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem
com base no modelo organizacional da viabilidade de sistemas
Funcionalidades
do Modelo de Viabilidade de Sistemas |
Aspectos
Organizacionais a serem suportados pelo VLE |
Negociação
de Recursos |
Como
os estudantes negociam seus contratos de aprendizagem com seus
professores? Este é um processo feito em uma etapa ou é contínuo? Quais
são os direitos e responsabilidades mútuas? |
Coordenação |
Podem
os estudantes colaborar na criação de sua aprendizagem? Qual prevenção
existe para evitar exploração? |
Monitoramento |
Como
pode um professor monitorar onde a aprendizagem esta acontecendo, de
maneira que ações corretivas sejam adotas? |
Individualização |
Como
cada estudante pode encontrar seus próprios recursos e conduzir sua própria
aprendizagem independente dos outros? Eles podem contribuir com o grupo
com suas descobertas? |
Auto-organização |
Que
espaço ou ferramentas são disponibilizadas aos estudantes para que estes
se organizem como grupos, fora do controle do professor? |
Adaptação |
Ë
possível para o professor adaptar o curso e seus recursos à luz das
experiências adquiridas durante as operações |
A avaliação de um ambiente virtual de aprendizagem é uma tarefa complexa e multidisciplinar que exige um conjunto de conhecimentos técnicos do ambiente de programação para Internet, assim como conhecimentos conceituais sobre educação, principalmente no campo da aprendizagem.
Um
dos principais interesses de nosso estudo é oferecer bases conceituais e analíticas
para avaliação de ambientes virtuais a serem empregados para oferta de cursos
profissionalizante, sob o domínio da chamada educação profissional.
Fundamentado nestas bases, iremos propor sugestões para aprimoramento do
ambiente INVENTE.
Um
recente estudo elaborado por PFAFFMAN(5) apresenta uma alternativa interessante
para avaliação de ambientes virtuais de aprendizagem numa grande
variedade de domínios, a qual integra os aspectos conversacionais e
organizacionais, em um único “framework”. A metodologia proposta por este
autor, combina duas diferentes estruturas de ambientes de aprendizagem, de
maneira a permitir uma maior amplitude de domínios.
O
citado autor combinou uma estrutura proposta por COLLINS et al.[1994] com a
estrutura proposta por BRANSFORD et al. [1999], resultando num “framework”
com vasto campo de abrangência para avaliação de ambientes virtuais de
aprendizagem.
A
primeira estrutura utilizada por PFAFFMEAN(5)
vem de COLLINS et. al a qual reconhece três categorias genéricas de
ambientes de aprendizagem: ambientes
de comunicação, ambientes de atividades e ambientes de avaliação.
A segunda estrutura utilizada por PFAFFMAN(5) foi a estrutura elaborada por BRANSFORD et al.[1999], a qual foi denominada de HPL ( acrônimo de “How People Learn”). A estrutura proposta por BRANSFORD et al. utiliza quatro perspectivas, para desenho e avaliação de ambientes de aprendizagem:
PFAFFMAN(5)
estendeu a estrutura proposta por COLLINS et. al[1994] por meio da subdivisão
dos ambientes de aprendizagem em duas subclasses, assim definidas:
ambiente aprendizagem dentro da
escola (in-school) e ambiente
aprendizagem out-of-school).
A
análise dos contrastes entre os processos de aprendizagem dentro e fora da
escola possibilita uma melhor compreensão dos ambientes virtuais de
aprendizagem. Há de se ressaltar que a aprendizagem fora do ambiente escolar é
de grande importância para a educação profissional, a qual, de alguma maneira
deverá ser contemplada nos ambientes virtuais.
PFAFFMAN(5)
integrou as duas citas estrutura em um único modelo de avaliação de ambientes
virtuais de aprendizagem, expandindo as possibilidades de análise e de avaliação
dos VLEs, numa estrutura robusta e mais abrangente. O autor denominou esta
estrutura de “LE Framework + HPL Framework”, indicando a integração das
duas citadas perspectivas de avaliação de ambientes de aprendizagem, a qual
reproduzimos na Tabela 4., que segue:
Tabela
4 -. Framework proposto por PFAFFMAN(5) para avaliação de ambientes virtuais
de aprendizagem
|
Ambiente
de Comunicação |
Ambiente
de Atividades |
Ambiente
de avaliação |
AMBIENTE
CENTRADO NO ESTUDANTE O
professor tem que prestar atenção nos conhecimentos, habilidades e
atitudes dos estudantes. |
Encorajamento
à comunicação entre os estudantes ajuda o professor a entender as
premissas dos alunos e conduz os estudantes a aprender com os outros. |
Professores
centrados nos alunos apresentam aos estudantes somente dificuldades
gerenciáveis. |
Os
estudantes que participam das atividades podem aprender que cometer erros
é parte freqüente da solução de problemas. |
AMBIENTE
CENTRADO NO CONHECIMENTO Atenção
focada no que é ensinado e em como reconhecer a competência |
Comunicação
de sala de aula pode ajudar os estudantes a obter novas informações que
tenham significado e a fazer perguntas para clarear dúvidas. |
O
engajamento e atividades dos estudantes necessitam ser focadas na promoção
da compreensão. |
A
avaliações bem sucedidas são as que valorizam a compreensão em vez da
memorização. |
AMBIENTE
CENTRADO NA AVALIAÇÃO Avaliação
formativa ajuda estudantes e professores no monitoramento do progresso da
aprendizagem. |
Provê
o estudante com avaliação na qual torna visível seu pensamento. |
A
avaliação provê oportunidades para que os estudantes revisem e melhorem
o seu pensamento. |
Mesmo
testes somativos podem ser construídos para fornecer feedback formativo. |
AMBIENTE
CENTRADO NA COMUNIDADE Focado
no contexto das normas da sala de aula e na aprendizagem em grupo ou
colaborativa |
Encoraja
o assumir risco e oportunidades, do ponto de vista acadêmico e
aceitar os erros. |
Atividades
de sala de aula nos quais estudantes organizam seus trabalhos de maneira a
promover a colaboração e a construção de comunidades intelectuais. |
Solução
colaborativa de problemas, por meio da construção compartilhada do
conhecimento e do esclarecimento das dúvidas. |
3.
Aspectos Conclusivos.
A
expansão da oferta de ambientes virtuais de aprendizagem e a crescente importância
destas tecnologias para a dinamização e otimização do processo educacional,
faz com que seja de vital importância o desenvolvimento e validação de
metodologias de avaliação que estabeleçam bases conceituais para a indicação
da adequabilidade destas ambientes a contextos pedagógicos específicos.
Evidentemente que um ambiente virtual de aprendizagem, assim como qualquer
produto educacional informatizado, não tem condições de impor um modelo pedagógico
específico, porém sua concepção interna pode favorecer determinadas práticas
pedagógicas que necessitam ser previamente explicitadas.
As
metodologias de avaliação dos ambientes virtuais de aprendizagem podem ser
concebidas segundo diversos paradigmas, os quais são genericamente
classificados em duas grandes áreas paradigmáticas de abordagens: a abordagem
quantitativa e a abordagem qualitativa. As metodologias de avaliação
quantitativas e qualitativas podem ser concebidas como listas de verificação,
ensaios de interação, avaliações organizacionais, avaliações
conversacionais, avaliações heurísticas, e muitos outros métodos.
Um
aspecto relevante no estabelecimento de uma metodologia de avaliação de
ambiente virtual de aprendizagem é a clareza da definição do contexto
educacional de sua aplicação.
A
avaliação de um ambiente virtual de aprendizagem reveste-se de uma certa
complexidade, em virtude da diversidade das interações envolvidas na
aprendizagem e da amplitude de contextos educacionais. Diante de tal cenário,
as metodologias quantitativas são bastante limitadas para a fundamentação de
um juízo de valor educacional, embora possam ser interessantes para a comparação
de aspectos tecnológicos.
A
avaliação de ambientes virtuais, pela complexidade de sua aplicação, é mais
bem orientada pela integração das metodologias quantitativas e qualitativas,
de maneira a articular aspectos relacionados com a usabilidade destes ambientes,
os quais são ancorados na ergonomia com os aspectos relativos à promoção da
aprendizagem, que são fundamentados na pedagogia.
4.
Referências Bibliográficas
(1)
BRANSFORD, John – How People Learn, Varderbit University, 1999 |
(2)
BRITAIN,
Sandy e LIBER, Oleg - A Framework For Pedagogical Evaluation Of Virtual
Learning Environments , University of Wales – Bagor , 1999 |
(3)
OLIVER, Martin – An Introduction To The Evaluation Of Learning
Technology, Educational Technology & Society, 3(4), Higher Education
Reasearch and Development Unit, University College London, 2000 |
(4)
RIBEIRO, Cassandra de Oliveira e Silva – Bases Pedagógicas e Ergonômicas
para a Concepção e Avaliação de Produtos Educacionais Informatizados,
Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, 1998. |
(5)PFAFFMAN,
Jay A. – Na Elaborated Learning Environment Freamework, Vanderbit
University, Nashiville, Tenesse, junho/2001 |