Por Quero Bolsa
Uma das principais dúvidas de quem decide ou não pelo ensino superior da modalidade EaD é como o mercado vê o diploma de conclusão de curso. Afinal, um dos grandes objetivos do estudante ao sair da faculdade é conseguir um emprego com uma melhor remuneração e, assim, avançar na sua carreira. Se, por acaso, haver um preconceito do mercado de trabalho quanto ao diploma, não seria tão relevante para o estudante optar pelo EaD. Mas ele realmente existe?
Ao longo desse artigo, vamos visitar os pontos que mostram que ele na verdade não existe e que, na verdade, a modalidade a distância pode até trazer algumas vantagens competitivas para alguns contratantes, na verdade. Confira!
No Brasil, EaD já atrai quase metade das novas matrículas
Antes de entrar a fundo na situação do diploma EaD, é bom ressaltar que grande parte dos estudantes já estão aderindo à modalidade. Em 2018, ano do último Censo da Educação Superior disponível, a modalidade já correspondia a 40% dos ingressantes. Isso significa um pouco mais de 1,3 milhão de calouros a distância por ano.
Mesmo com uma tendência maior para os estudantes de idade acima dos 30 anos, o EaD vem atraindo o público mais jovem também. Entre aqueles com idade ideal para entrar na faculdade (17 a 24) anos, o EaD passou a corresponder a 22,1% das novas matrículas. Em 2010, essa taxa era de apenas 7,3%. O levantamento é do Quero Bolsa, plataforma de bolsas de estudo e vagas no ensino superior.
A percepção da qualidade dos cursos também é maior
Além da maior procura pelos cursos, houve uma melhora da avaliação dos órgãos competentes perante os cursos. Em 2019, pela primeira vez, o EAD teve, proporcionalmente, mais cursos com nota máxima no Conceito Preliminar de Curso (CPC) do INEP do que o ensino presencial.
Popularmente conhecida como Nota Mec, ela indicou que 2,7% dos cursos da modalidade EaD receberam nota 5 contra 1,6% da presencial. Em 2017, a proporção era de 0,4% e 2,4%, respectivamente.
Ou seja, em ambos os casos, o EaD mostra ter uma uma melhora. A qualidade não é mais desculpa e também existe maior popularidade, o que, de certa forma, traz um atestado em número. Ensino a distância cresce, então, em qualidade e quantidade!
Mas existe alguma distinção no diploma dos dois?
O Mec avalia ambos os diplomas de forma igual
Existe um ponto muito importante de ser falado, antes de avaliar como o mercado enxerga quem é formado por cursos a distância: o MEC não discrimina dentro do diploma qual modalidade de ensino o curso foi realizado.
Dessa maneira, não importa se o aluno fez uma faculdade presencial, ou se ele optou pelo ensino a distância, o diploma indicará a mesma coisa, que é um curso de graduação. Dessa maneira, ele garante que não haverá distinção no papel.
Assim, não importa se uma pessoa quer ser programadora e fez Análise e Desenvolvimento de Sistemas a distância. O diploma indicará a mesma coisa. Assim como qualquer curso de Engenharia, Psicologia, Administração ou Pedagogia EaD terá o mesmo diploma dos presenciais.
Mas, mesmo assim, existem maneiras da empresa ou organização que o candidato está se candidatando a uma vaga de emprego saber a modalidade de ensino do curso superior. Então, o que acontece? Como o mercado de trabalho vê o diploma EaD? Da mesma maneira?
A percepção do mercado perante ao ensino a distância também melhorou
Assim como a percepção do público e dos órgãos avaliadores melhorou em relação ao ensino superior a distância, a maneira que o mercado enxerga quem é formado nessa modalidade também melhorou.
A forma como as organizações realizam treinamentos diz muito sobre isso. Antes, era necessário trazer um instrutor externo e o aluguel de um espaço para a realização de aulas, hoje ele é feito através de vídeos e contatos remotos com os instrutores. Se o EaD não fosse valorizado, utilizam essa maneira?
Por fim, como um estudante precisa ser para realizar uma faculdade EaD? As principais características são proatividade, organização, independência e autonomia. Encontrou alguma semelhança com algo?
São as principais características comportamentais (chamadas de soft skills), que são procuradas hoje no mercado de trabalho. Ou seja, se você fez Ensino a Distância e conseguiu se formar bem, pode ser um indicativo, uma comprovação, que você as tenha.
A experiência conta muito também
Também podemos dizer que, na maioria das vezes, a graduação que você faz acaba ficando em segundo plano em uma entrevista de emprego. Obviamente, o candidato sem diploma sai atrás na briga, mas o principal avaliado pelos departamentos de Recursos Humanos das empresas é, sem sombra de dúvida, a experiência.
O curso de ensino a distância mostra que, de certa maneira, o candidato tem como continuar se desenvolvendo na prática do mercado, mesmo durante os estudos. A praticidade que a modalidade EaD traz de você poder rearranjar seus horários, faz com que você consiga, desde sempre, se inserir no mercado de trabalho.
Dessa maneira, é possível ver que o diploma não só não é desvalorizado no mercado de trabalho, como, em algumas ocasiões é mais valorizado que o presencial. E você? Que curso EaD pretende fazer? Conta para a gente nos comentários.