Realizar um curso de graduação é uma experiência bastante enriquecedora. Na verdade, tanto profissional, quanto pessoalmente, toda oportunidade de estudo proporciona conhecimento e experiência para avançar na carreira, além de trabalhar responsabilidade, comprometimento e habilidades sociais de uma pessoa.
Os cursos de graduação compõe o ensino superior, e fazem partem de uma modalidade que, segundo a lei, tem que ser fiscalizada e regulamentada pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura). Mas por serem fiscalizados, quer dizer que os cursos de graduação são os melhores entre todos os diferentes tipos de cursos? Definitivamente não.
É basicamente como escolher frutas no supermercado. Algumas possuem mais água, outras mais açúcar, ou ferro. E às vezes, porque você quer fazer suco de laranja, acaba optando por ela. Isso não quer dizer que morango é ruim ou não é saudável. Apenas quer dizer que trata-se de experiências diferentes.
Em 2016, o ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio), principal prova de vestibular para os cursos nas universidades federais nacionais, registrou 9,2 milhões de inscritos, um número bastante considerável. Isso, porque existe esse mito social de que as faculdades, principalmente as presenciais e federais, são uma necessidade inquestionável no meio profissional, e que de alguma forma possibilitam garantia de futuro. E na realidade, não é bem assim que funciona. É claro que, como qualquer oportunidade de ensino, a graduação proporciona melhorias de emprego e salário. Porém, o ensino superior não é a única opção.
Mas é claro que você, jovem estudante, já entende um pouco de tudo isso. Inclusive considerou suas opções, decidiu que você realmente gostou de uma área de estudo, o suficiente para querer se graduar nela. E, dentre as opções, acredita que a graduação, seja ela presencial ou a distância, é a opção que você achou mais interessante e que encaixa nos seus objetivos. Porém, um curso de graduação vai muito além de apenas comparecer às aulas e ser aprovado nas matérias que você fizer. Existem créditos e cargas horárias que precisam ser cumpridos de forma correta para conseguir o tão batalhado diploma.
Mas como assim cargas horárias e créditos? Bom, se lembra de que eu falei que os cursos são aprovados pelo MEC? Então, o MEC exige que a instituição de ensino do seu curso cobre de você o estudo de um determinado grupo de matérias. Existe o grupo de matérias obrigatórias, o grupo de matérias livres, o grupo de laboratórios, o grupo de matérias práticas e outros… Cada curso possui uma legislação diferente, e cada faculdade define a sua disponibilidade de ofertas para suprir essas exigências. E é no meio dessas exigências que encontra-se o grupo das atividades complementares.
Atividades Complementares: como investir no seu futuro
O que é a atividade complementar?
Do ponto de vista educacional, todas as etapas que montam um curso possuem um objetivo didático por trás daquela escolha. Quando um professor opta por avaliar a sua matéria através de seminários e não provas, isso quer dizer que ele acredita que um seminário é a melhor forma de incentivar o aluno a absorver aquele conteúdo específico, e que a prova não seria um método eficaz.
No caso das atividades complementares, não é diferente. Como o nome mesmo diz, trata-se atividades que não constam no percurso curricular, com o objetivo de acrescentar experiências a formação do aluno que não são fornecidas pelo curso em si. Levando em conta a flexibilidade que o aluno possui durante a semana fora do horário de aula, o intuito de uma atividade complementar é contribuir para o crescimento social e profissional do estudante.
As exigências da quantidade de horas de atividades complementares obrigatórias e optativas que você deve realizar podem variar de curso para curso, ou até mesmo de instituição para instituição. Por lei, elas não podem passar de 20% do tempo total de curso. Porém, não existe uma definição geral em relação a elas.
Existem diversas vantagens na realização de atividades complementares. A principal delas é incentivar o aluno a conhecer outras coisas fora do ambiente de ensino acadêmico. Em outras palavras, é ir além da experiência tradicional didática e muitas vezes colocando o que se aprendeu em prática.
Realizar atividades complementares para preencher a carga horária solicitada pela instituição de ensino do seu curso é muito mais do que uma obrigação. Vai além do que aquelas horas chatas que você tem que realizar de qualquer jeito só para se formar. É uma forma de incentivar o aluno a encontrar conteúdo de qualidade, e conhecer um ponto de vista didático diferente do que ele está acostumado e a sair da sua zona de conforto.
Busque por novas experiências
Por mais que a faculdade, em muitos casos, seja algo majoritariamente teórico, experimentar também é aprender. Quando chegamos na faculdade, o formato não é muito diferente do que conhecemos. Um professor para 30/40 alunos (existem salas com muito mais estudantes), um horário fixo, um local fixo e uma aula expositiva. Embora existam diferenças básicas entre ensino médio e faculdade, como maior autonomia e liberdade, a rotina e metodologia apresentada já é algo a que estamos habituados.
Procurar por novas experiências vai além do formato em si. Observar a estrutura didática e as formas que o diferencial que a empresa oferece em seus cursos, seja ele os materiais ou a metodologia, pode contribuir para o crescimento profissional é algo muito importante. Um exemplo interessante é a metodologia de auto-aprendizado, que é diferente do método supervisionado que estamos acostumados. Segundo a proposta, o aluno é responsável pelo conhecimento que ele adquire através do estudo do material disponibilizado, sem o acompanhamento de um professor. A partir de um guia de instruções construído por uma equipe pedagógica, que seleciona o material que o aluno precisa estudar para compreender melhor determinado tópico, a metodologia da auto-aprendizagem proporciona um novo ângulo quando se trata de diferentes formas de adquirir conhecimento.
Analise suas opções
O cálculo das atividades complementares é bem simples. Na maioria das universidades, cada crédito equivale a 15 horas. Então, se a sua faculdade exige 30 créditos, isso quer dizer que você deverá realizar 450 horas de atividades extra-curriculares. Às vezes elas podem ser distribuídas a seu critério, da forma que você optar melhor. Em determinadas cursos, existem algumas cotas que devem ser destinadas a atividades e específicas, como é o caso do estágio.
A parte burocrática é um detalhe a que se deve estar atento. Não adianta só ir a uma palestra, realizar um curso ou decidir fazer um estágio. É necessário apresentar o formulário de participação, disponibilizado pelo seu colegiado, assinado pelo palestrante; a certificação que a instituição na qual você realisou o curso oferece; e o contrato assinado, formando um vínculo entre a empresa, faculdade e aluno.
Existem várias formas de atividades consideradas complementares pela faculdade. Palestras são um jeito interessante de se conseguir créditos para o curso. Ir à congressos, participar de workshops, eventos acadêmicos, assistir uma tese de doutorado, cursos profissionalizantes… Cada uma dessas opções podem ser escolhidas para preencher a carga horária. Basicamente, elas são divididas em 3 categorias:
Extensão
As atividades complementares de extensão buscam trabalhar mais com a relação social do aluno e a experiência prática. Uma oficina, trabalho voluntário ou até mesmo um seminário são exemplos de atividades de extensão. A mais famosa e procurada dentre as opções é o estágio. Isso porque é uma forma de unir o útil ao agradável. Afinal, a maioria das empresas não solicitam experiência profissional na hora da contratação e nada melhor do que conseguir créditos para a faculdade e aprender um pouco na prática ao mesmo tempo.
Entretanto, em muitos cursos, o estágio não é uma atividade complementar livre, ou seja, ele é uma exigência do curso. Por lei, estudantes de licenciatura, por exemplo, precisam de realizar 400 horas de estágio supervisionado a partir da metade do curso. Sendo assim, o aluno acaba tendo que optar por outras opções de atividades complementares para completar a carga horária exigida.
Pesquisas e estudos de caso
Quando fazemos um curso, aprendemos de forma teórica diversas metodologias, sistemas de análise, e outros meio de guiar um estudo. Isso é extremamente importante pois, como profissionais, nos deparamos o tempo todo com dúvidas e questionamentos que não sabemos como solucionar. Compreender diferentes formas de pesquisas nos ajuda a realizar uma busca por respostas de forma mais precisa, a fim de atingir os nossos objetivos.
Algumas faculdades aceitam a iniciação científica ou pesquisas acadêmicas como atividades complementares. O que as torna uma boa opção, pois é interessante colocar em prática o seu lado científico, sem a pressão de ter que impressionar o professor para conseguir uma boa nota para aquela matéria. Porém, ela não se afasta muito do meio acadêmico, tornando o ganho de novas experiências limitado para os alunos.
Certificações extracurriculares
Existem no mercado opções interessantes de cursos profissionalizantes para aquelas pessoas que buscam por conhecimento fora da faculdade. Essas possibilidades diferentes oferecem um foco maior de estudo, uma quantidade relevante de horas extracurriculares e novos aprendizados: as certificações através de cursos online.
Cursos online: um mundo de oportunidades
Existem diversas vantagens ao optar por um curso livre na hora de escolher suas atividades complementares. Cursos a distância propõem ao aluno a trabalhar sua disciplina, desafiando-o a criar os seus próprios horários, e a desenvolver uma maior responsabilidade com o seus estudos. Além disso, ele proporciona flexibilidade na rotina, tanto no tempo, quanto na localização. Não é necessário se organizar ao redor de um horário específico, ou se deslocar a alguma unidade de ensino. Os cursos EAD podem ser administrados de acordo com a sua rotina e serem realizados na sua casa.
Outra vantagem é ter acesso a um conteúdo de qualidade que alcança grandes distâncias, estimula o contato do aluno com a tecnologia e oferece maior diversidade. Além disso, o ensino a distância exige um custo de funcionamento menor do que um curso presencial. Afinal, despesas como conta de luz, água e manutenção de uma estrutura física para as aulas, acabam tornando os cursos presenciais mais caros. Consequentemente, os preços dos cursos online são melhores. Dessa forma, é possível acessar um conteúdo de mesma qualidade, ou até mesmo superior, por um preço justo e muito mais acessível.
Algo importante a se considerar é que cursos a distância, sejam eles cursos livres, de capacitação ou atualização, também são cursos profissionalizantes. Dessa forma, eles se tornam muito mais do que apenas uma atividade complementar, mas também uma oportunidade valiosa de crescimento profissional.
Qualidade em primeiro lugar
Cursos online são resultantes dos avanços tecnológicos e da democratização de informação. Diante de uma grande variedade de opções, existem cursos com métodos diferentes, com conteúdos interessantes e diversificados, expondo diferentes pontos de vistas de um mesmo tópico. Porém, como qualquer coisa na internet, é necessário ficar atento a alguns detalhes.
O barato que sai caro
Por mais que o custo de um curso online seja mais baixo, ainda sim ele (o custo) existe. Certificados, seleção de conteúdo para os cursos, construção didática das provas, uma equipe de manutenção e desenvolvimento gera gastos. Por isso, é importante ficar atento aos cursos EAD gratuitos, pois, por mais que possam servir a princípio a quem não tem condições de investir em um curso pago, sem um capital de sustentação para o site, os cursos podem ter qualidade questionável, links quebrados e materiais incompletos, podendo ocasionar em um desconforto desnecessário a quem busca certificação.
Reconhecimentos e parcerias
Quando falamos de cursos de graduação e pós-graduação, é importante sim verificar se eles são fiscalizados e regulamentados pelo MEC. Afinal é lei. Porém, também é lei que cursos EAD livres não dependem da regulamentação do MEC para serem ofertados, ou de nenhum outro órgão. Inclusive, eles os cursos livres são amparados pela lei 9.394/96, a Lei da Diretrizes e Bases da Educação.
O que confere qualidade ao curso é a instituição que o oferece e a importância que ela dá em oferecer um conteúdo de excelência. A ABED é uma instituição sem fins lucrativos, que se preocupa com a qualidade dos cursos oferecidos por suas instituições parceiras. Verificar se a instituição de ensino possui parceria com a ABED (Associação Brasileira de Ensino a Distância) é o primeiro passo para atestar a seriedade do portal.
Proposta da instituição
Antes de mais nada, observar a proposta da instituição é fundamental. Avaliar se ela supre as suas necessidades, quais os benefícios que ela oferece e o seu diferencial, é importante para ter uma experiência satisfatória e enriquecedora.
Cursos a distância são a oportunidade que você procurava para adquirir cada vez mais conhecimento, mesmo com uma rotina corrida, e alcançar os seus objetivos. E, quando se trata em atividades complementares, eles podem ser a forma mais enriquecedora e prática para concluir a sua carga horária de créditos extras. Se ficou com alguma dúvida não resolvida no texto, comente aqui embaixo que a gente te responde!